quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

do passado

I long to take you to a secret place
Where we could lay aside our past
We'd throw the world away with all its pain
To shine like stars through storm and clouds and rain


faces in disguise
sunny day real estate, the rising tide, 2000

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

a noite somos nós a velar cada fim de tarde



em dezembro de 2003 formulei dois desejos que se concretizaram em maio de 2007 e só há poucos dias soube. descobri, neste natal, quando me ofereceram o último livro do francisco josé viegas e reparei que, na mesma colecção, existia um livro que há muito havia pedido. mais ou menos 4 anos... hoje li que o meu caro tiago ia oferecer música no cais sodré. em troca do bilhete para o concerto ganhávamos o seu último disco. já não fui a tempo. ainda te sobrou algum? pelo menos, os meus desejos cumpriram-se. parabéns ao francisco e ao tiago.

segunda-feira, dezembro 15
prendas de natal
eu queria duas prendas blogosféricas para este natal. do francisco josé viegas (aviz), um livro chamado a noite, o que é?. do tiago (voz do deserto), um álbum repleto de letras e notas musicais suculentas. para uma prazenteira consoada ao som das cantigas de tiago guillul.

nestes dias que antecedem o natal, deixo esta singela homenagem aos meus blogues preferidos.


p.s. mais acrescento que o sítio da quasi edições merece um elogio pela sua qualidade. e o serviço não fica atrás. pedi o livro na terça à tarde. chegou-me na quinta à cobrança. sem cartão de crédito. sem cobrança de portes. gostei.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

no verão de 2002

Resposta

Perdi tantos dias a procurar
tantas respostas
para coisas que me são tão
estranhas

até que hoje na televisão
numa reportagem sobre a
trasladação do cemitério
da velha aldeia da luz

perguntaram a um homem
se ele havia rezado nos dias
que corriam junto ao grande rio
do sul

não que apenas chorava
às vezes
quando nada mais havia a fazer

e essa resposta foi tão clara como
como a luz do sol que me entra pelo quarto
todas as madrugadas

um alentejano não reza
chora

quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

eu e tu

Nós

Tal como o que importa num poema é, como
escreveu Horácio, usar uma palavra conhecida
como se fosse nova, limpando-a do bafio do uso,
também no amor o que importa é olhar o rosto
que se conhece como se nunca o tivéssemos
visto, descobrindo de cada vez a surpresa de
um encontro em que a beleza nasce de uma
súbita sombra no modo como o olhar se desvia,
ou dessa luz que um entreabrir de lábios
derrama pelo mundo. Posso dizer: «Amo-te»;
e é como se nunca o tivesse dito antes; ou
ainda: «As tuas mãos!»; e o objecto que designo
transforma-se no verbo que faz avançar a vida,
para além da gramática e dos significados.


nuno júdice