sexta-feira, 28 de março de 2008

do sul



sou do sul. do mediterrâneo. gosto da terra. do entardecer. das casas brancas. do azul do céu. do cheiro das laranjeiras em flor. da roupa lavada ao sol. sou do sul. prefiro as planícies aos vales e às montanhas. prefiro o barro e o xisto ao granito. sou do sul. dos cantares pela noite fora. dos homens que se juntam para serem uma única voz. uma voz sem chuva. seca e grave como a terra. mas tão próxima dos corações que choram.

terça-feira, 18 de março de 2008

mais uma páscoa



mais uma romaria. a sul.

hotel de tóquio

eu quis escrever um post sobre o drama do passado domingo no pavilhão atlântico mas depois o blogger fez o favor de me destruir a prosa. por isso não escrevo mais sobre isso. pergunto apenas: quem são esses rapazolas quer versam sobre as monções?

quinta-feira, 6 de março de 2008

os dias o que são?

não saber resolver com palavras e gestos a maldade que o coração ditou.

o amor não existe

às vezes o amor não resiste à imperfeição das coisas e dos homens. é como uma folha de papel na qual se escreve, anota e corrige. e no final se deita fora. como se nada tivesse valido a pena. e é por isso que, como força maior, o amor não existe. ele é um sinal na noite que somos. uma luz tão ténue que poucos a vêem.

quarta-feira, 5 de março de 2008

do inexplicável



num dia com tantos fins, e tristes, passo a noite a ouvir diego el cigala. um álbum de 2001 que dá pelo nome de "corren tiempos de alegria". a voz do flamenco que não deixa o silêncio vingar.