sexta-feira, 25 de fevereiro de 2005

o vento

a alegria é o vento que sopra lá fora. consegues ouvi-lo, entrecortado na noite por um ou outro carro, correndo louco por aí? é esse vento que nos dá arrepios quando fechamos a porta e deixamos a nossa casa para trás. quando começamos a caminhar levados pelo vento. e com ele sorrimos. sorrimos muito.

estar na margem da alegria é estar aqui a escrever isto. e não ir descer as escadas para a rua.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2005

do desânimo

o problema é, no fundo, sempre o mesmo. na impossibilidade de uma qualquer substituição, renovação, marketing ou mudança, pouca coisa se alterou. e o problema permanece.

não estás aqui.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2005

dia de anos

mais um. vinte e cinco anos volvidos. dia de alguma nostalgia. dia de ser pequenino. de nos permitirmos a uma carícia mais excessiva. a um abraço mais forte. de nos deixarmos corromper pela saudade de um tempo que jamais voltará.

apesar de tudo, é bom fazer anos. é bom pensar o trabalho que dei há exactamente 25 anos atrás. a melhor prova de que nunca ninguém me poderá amar tanto como a minha mãe.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2005

"looking for a wedding dress"

por certo que uma das maiores surpresas do início da idade adulta é o casamento de uma ex-namorada.

teoria da conspiração

o poder dos media foi bem visível em dois episódios recentes. o "benfica mereceu ganhar o último derby" quando foi visível a superioridade do sporting. "santana ganhou o debate de ontem" quando foi clara a convicção de sócrates perante a fraqueza e a desorientação do primeiro-ministro.

parece que também eu tenho um problema com a manipulação dos jornalistas.

para trás das costas

não ler um poema do ruy belo há mais de um mês é a maior prova da desorientação que tenho sentido. e o crescimento foi demasiado abrupto. e doloroso.

a primeira infância passou
mas agora ou logo
deus renova todas as coisas

e um dia haverá barcos e seremos livres

quase

estar quase a fazer vinto cinco anos é um facto mais do que suficiente para duas ou três considerações. a vida pode ser profundamente injusta. não há beleza que se compare à luz do entardecer. o silêncio pode conter toda a música do mundo.

o amor é tudo.