terça-feira, 31 de agosto de 2004

fim de férias

e agosto termina sem certezas.

terça-feira, 17 de agosto de 2004

até setembro

regressei ontem e parto de novo depois de amanhã. agosto será definitivamente para mim um mês de rio, de pouco tempo em margens.

sexta-feira, 6 de agosto de 2004

até já

parto amanhã para taizé. talvez um dos locais da minha vida. sei o que procuro. não sei o que vou encontrar. e isto é a vida. na sua mais sincera simplicidade. e a vida e eu somos isto. partir à procura. não sabendo o que encontrar. e basta. é o suficiente. estou cansado. preciso de estar em silêncio. aprender a respirar. aprender novamente a partir.

como não sei quando poderei voltar a escrever digo apenas. até já.

domingo, 1 de agosto de 2004

no reino de moore



considerar este filme um trabalho de grande qualidade não significa que moore atinja o seu principal objectivo: convencer-nos de que a verdade das coisas é a luz captada pelas sua câmara de filmar.
de facto, o que moore nos traz em fahrenheit 9/11 é uma excelente peça de propaganda em que assusta a possível veracidade de tudo o que é transmitido. assusta sobretudo porque vemos retratado o que toda a gente sabia mas fingia não ver com olhos de ver. daí talvez as palmas no final (um pouco estranho) da imensa plateia que enchia a sala do monumental num domingo à tarde.
é cinema, perguntam alguns. claro, como casablanca o foi. como o pátio das cantigas da lisboa solarenta e fadista o foi. mas é uma propaganda sem disfarce, desafiando o poder republicano.

nem que teresa kerry fosse a madre teresa de calcutá, o candidato democrata teria mais apoio do que com o sucesso e o impacto brutal deste filme. moore tem a arma que todos os opositores quereriam ter. a astúcia de pôr a nu a miséria de um homem que se torna a desgraça de um país.