sexta-feira, 29 de julho de 2005

férias



pouco mais há a dizer. adeus. não sei quando voltarei a escrever.

terça-feira, 26 de julho de 2005

nótula histórica

ninguém deu pela passagem de mais um aniversário deste blogue. há um ano terminava a primeira experiência que, na verdade, começara a 12 de Julho de 2003. este blogue nasceu no dia 16 de Julho de 2004. como uma singela hommage a um dos poemas maiores da língua portuguesa. esperamos ter honrado o poeta. mas, como detesto aniversários, ignorei a data.

dizem que fazer anos é motivo de festa. como festeja uma margem junto a um rio que passa sem parar? porque não me respondes, lídia?

segunda-feira, 25 de julho de 2005

sábado



comprei um bilhete de inter-rail e vou partir no sábado. no início da avenida, um amigo contou as suas histórias com o pseudónimo de sud express. agora sou eu mesmo que vou. estando sempre por aqui, vou estar longe. escreverei quando puder. na net ou em papel. mas tudo, como sempre, desembocará na margem da alegria.

quinta-feira, 21 de julho de 2005

angústia

vai. não te posso prender. como nos podíamos amar se te olho e não falo. se me falas mas não me consegues olhar. se toda a nossa história não passou do princípio. de um sonho repetido noite após noite. um sono hesitante entre os teus lábios e aquela tarde de verão em que tantas vezes sonhei que te podia amar. que me podias amar. mas como nos podíamos amar.

se sinto a angústia que tu ignoras. e estamos separados.

domingo, 17 de julho de 2005

rua do sol

não vale mais a pena adiar as palavras
se o que tenho para te dizer
vive na simplicidade do meu coração
não esperes mais, amor, amada
não esperes
diz o que tens para me dizer
que a minha resposta há muito que
está escrita na rua, no sol
na luz dos meus gestos

gosto de ti
e para ouvires isso
não vale a pena esperares

sábado, 16 de julho de 2005

foram dar uma gandá volta

mas onde é que eles andam? não escrevem. esta semana não houve novo episódio. a confirmar-se o rompimento com a sic, para quando o regresso, malta?

foi no aeroporto schipol em amsterdão



que defini um dos projectos da minha vida: ver todas as obras de vermeer espalhadas pelo mundo. no mês que vem, deverei dar mais um passo. o 4º em 36 quadros. faltam 32. verei um dos mais belos e complexos: a arte da pintura (de schilderkonst), c. 1662- 1668, kunsthistorisches museum, viena.

sexta-feira, 15 de julho de 2005

o amor não tem palavras

são as palavras certas a maior dor de quem escreve. elas não existem mas procuram-se. elas não existem mas surgem. nas alturas mais estranhas. depois de um esforço depurador. depois de uma revelação súbita. elas não existem mas teimam em renascer e refazer o mundo.

são as palavras certas que mais te queria dizer. as que nunca te direi. porque não existem. porque nunca as saberei.

terça-feira, 12 de julho de 2005

eles são os maiores



o concerto de hoje, na fnac do colombo, dos meus amigos, foi simplesmente fenomenal. exige-se a sua rápida edição...

vão ouvir, que é muito bom!

segunda-feira, 11 de julho de 2005

passaporte

dói tanto não te poder pedir para vires comigo. mas dói mais não poder ficar. por ser insuportável a cidade mergulhada neste verão onde ouço os meus passos noite fora. por ser impossível apagar a tua voz dos discos que tocam pela manhã.

de volta



t a k k . . .- 10th july 2005
we can now announce that the title of the new sigur rós album is takk..., which is icelandic for "thanks". it will be released september 12th on EMI records. we at sigur-ros.co.uk got a chance to listen to the album recently and for our money it's the best thing the band has ever released. we can't wait for the world to hear it. the tracklist on takk... is as follows:

1. takk...
2. glósóli
3. hoppípolla
4. með blóðnasir
5. sé lest
6. sæglópur
7. mílanó
8. gong
9. andvari
10. svo hljótt
11. heysátan


http://www.sigur-ros.co.uk/

luz

desesperar pelos teus olhos não é somente pela sua iluminação em mim. é uma questão existencial, longe do hedonismo mais puro. não se trata de desejo. mas.

que fazer na escuridão?

sexta-feira, 8 de julho de 2005

conversa de café

há aquele momento na vida em que, de uma forma decisiva, as opções dizem tudo acerca de nós. essa é a altura de levantar amarras. de partirmos sem hesitações. de correr o risco de perdermos algumas pessoas.

essa é a altura de ser. de deixar de parecer.

quinta-feira, 7 de julho de 2005

pausa

faz do silêncio essa tua forma estranha de me amares. deixa escutar o som das ondas na praia. o vento na areia. posso repousar um pouco no teu peito? posso esquecer-me por momentos de que existo? abandonar-me em ti.

eu já não sei amar. fiz uma pausa.

o que me ocupa por ora

pensar (ou mesmo sonhar) em dois ou três sítios onde te gostava de levar é uma tarefa fácil. difícil é saber o que te irei dizer. tentar não pensar muito. sonhar apenas. fechar os olhos. libertar este coração endurecido pela luz dos dias.

deixar a noite sussurrar o teu nome. esquecer que tudo isto talvez não faça qualquer sentido.

terça-feira, 5 de julho de 2005

na varanda

comer um chocolate. sentir na face o vento quente de julho. ver os carros passar. uma noite com o som de jobim a embalar o meu coração.

segunda-feira, 4 de julho de 2005

estranho é



pensar que tem algum mal gostar de ti

domingo, 3 de julho de 2005

antes de dormir

o que mais me preocupa é a minha imensa incapacidade de mergulhar em ti
de percorrer os caminhos clandestinos que os teus olhos desenham
em cada gesto, em cada passo, em cada segundo

sexta-feira, 1 de julho de 2005

fim de semana

"fica tão fácil entregar a alma
a quem nos traga um sopro do deserto"

tratado de paz interior

é por entre as árvores que te vejo agora. por entre a camuflagem com que te escondi de mim. vamos dar início às tréguas.

amor de mãe

ter a mamã doente é muito triste. tenho tantas saudades de ser pequenino e de a ver sempre forte e corajosa. assim, a vontade de um dia partir "com as aves" deixa-me encruzilhado, entre esta vida, e uma outra que há-de vir.

privately anonymous

o anonimato é isto. sonhamos que é uma pessoa. sonhamos, sorrimos, relemos várias vezes. depois não é. volta tudo à escuridão. ao pior do ser humano em termos de comunicação. ser anónimo.

e vai daí. um gajo a fazer figura de parvo. à espera que o amor deixe um dia de ser anónimo. e nos chame pelo seu nome.