as pessoas morrem sem querermos. morrem a ritmos diferentes. em locais afastados ou dentro de nós. e é muito triste tudo isto nos ultrapassar. sermos demasiado impotentes. tu, por exemplo, demoraste dez anos a morrer. dez anos preenchidos em forma de sombra. de fumo vago.
a ruptura é hoje. agora que morreste não te posso mais ressuscitar. e o teu nome. e tudo o que é teu, vai ser inevitavelmente esquecido. se te recordar uma vez mais, virás na forma de um sonho. como se nunca tivesses existido. como se ainda não passasses de um desejo.