quinta-feira, 23 de junho de 2005

da minha rua

é defronte dos edifícios que assumimos a nossa irremediável condição. pedras frias, gastas, imponentes. tão distantes dos nossos corações sobressaltados em vidas de permanentes mudanças. o que é então a eternidade. fixar o meu olhar num poema, por exemplo. um qualquer dia próximo. captar a luz da minha janela. prender em palavras que só uma percentagem mínima da população mundial compreenderá com facilidade.

recostar-me na cadeira. ver a noite surgir das paredes alvas.

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