agarraste-te a isso como se fosse a última esperança
é hora de regressar à escuridão dos dias que passaram
voltar ao poema, às palavras, às linhas de silêncio
de vazio
sei que fui errando aos poucos por aí, reparaste
não caminhei, entendeste mal, enganei-me, procedi mal
e confesso que pequei
sou vazio
antes de voltarmos, sentemo-nos aqui um pouco
montemos uma tenda esperemos por moisés e elias
mas - e este mas é tudo o que somos: parar olhar escutar
o vazio
quinta-feira, 30 de outubro de 2014
terça-feira, 28 de outubro de 2014
quando chegar o fim
e quando chegar o fim rezo
porque assim permaneço de pé
no meio das searas
já ouviste o pão rasgar
e o cheiro das estevas quando os dias
não acabam
sabes que fico em silêncio
mesmo que o vento se cale
e o fumo regresse
ao princípio de tudo
quando chegar o fim rezo
nessa voz estremecida com que te conheci
escorre o suor e não percebo
sento-me na barriga quente
o dia acabou
encosto-me na pedra
adormeço
as searas tremem em mim
porque assim permaneço de pé
no meio das searas
já ouviste o pão rasgar
e o cheiro das estevas quando os dias
não acabam
sabes que fico em silêncio
mesmo que o vento se cale
e o fumo regresse
ao princípio de tudo
quando chegar o fim rezo
nessa voz estremecida com que te conheci
escorre o suor e não percebo
sento-me na barriga quente
o dia acabou
encosto-me na pedra
adormeço
as searas tremem em mim
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