sexta-feira, 20 de setembro de 2013
e é isto
olhar para trás também é isto. saber o tempo que se perdeu. e agora? olhar para a frente? não. olhar para trás e voltar a contar.
sexta-feira, 6 de setembro de 2013
5 de setembro
um dia bom para ver o futuro. para ter a certeza que ele existe. desistir teria sido mais fácil. ficar a única razão agarrada a mim. partir teria sido mais fácil. fincar a única maneira de ser. cravar os pés bem fundo e arrancar para longe de mim.
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
é a tarde que morre
o fim das férias grandes, o fim do verão, do calor, da água fria. é como a tarde que morre. uma recordação que fica de pura felicidade.
nunca esqueceremos as noites quentes em que o verão se espreguiçava pela madrugada. e nada o podia interromper. o primeiro verão contigo. verão de tantos passeios, de tantos beijos e carinhos. cresceste sem pedir licença.
nunca esqueceremos as noites quentes em que o verão se espreguiçava pela madrugada. e nada o podia interromper. o primeiro verão contigo. verão de tantos passeios, de tantos beijos e carinhos. cresceste sem pedir licença.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
segunda-feira, 11 de março de 2013
é o amor em que acordamos
Eu Seguro
Quando o tempo for remendo,
Cada passo um poço fundo
E esta cama em que dormimos
For muralha em que acordamos,
Eu seguro
E o meu braço estende a mão que embala o muro.
Quando o espanto for de medo,
O esperado for do mundo
E não for domado o espinho
Da carne que partilhamos,
Eu seguro.
O sustento é forte quando o intento é puro.
Quando o tempo eu for remindo,
Cada poço eu for tapando
E esta pedra em que dormimos
Já for rocha em que assentamos,
Eu seguro.
Deixo às pedras esse coração tão duro.
Quando o medo for saindo
E do mundo eu for sarando
Dessa herança eu faço o manto
Em que ambos cicatrizamos
E seguro.
Não receio o velho agravo que suturo.
Abraços rotos, lassos,
Por onde escapam nossos votos.
Abraso os ramos secos,
Afago, a fogo, os embaraços
E seguro,
Alastro essa chama a cada canto escuro.
Quando o tempo for recobro,
Cada passo abraço forte
E o voto que concordámos
É o amor em que acordamos,
Eu seguro:
Finco os dedos e este fruto está maduro.
Quando o espanto for em dobro,
o esperado mais que a morte,
Quando o espinho já sarámos
No corpo que partilhamos,
Eu seguro.
O que então nascer não será prematuro.
Uníssonos no sono,
O mesmo turno e o mesmo dono,
Um leito e nenhum trono.
Mesmo que brote o desabono
Eu seguro,
Que o presente é uma semente do futuro.
samuel úria
samuel úria
terça-feira, 15 de janeiro de 2013
sonhar contigo
adormeço com os teus gestos ainda invisíveis. convivo com a tua agitação.
adormece comigo. deixa-me sonhar contigo. já falta pouco para nos vermos.
sábado, 12 de janeiro de 2013
tamanho mistério
poderia ter percorrido todos os caminhos do mundo. ter lido todos os livros. toda a poesia. todos os versículos. não saberia compreender, ainda assim, como existes sem te ter ainda conhecido. se nunca te vi e amo-te, só podes ser parte de um milagre. de um tamanho mistério chamado amor, convertido em vida.
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