quinta-feira, 4 de junho de 2009
no limiar da noite
há uma poesia íntima que conforta a noite. leio e descubro. percorro cada verso como se buscasse a síntese entre o que sou e um mundo confuso e ruidoso de palavras que tantas vezes não querem dizer nada e ali, naquelas folhas que começam a amarelecer, subitamente se articulam numa dança e num jogo tão infantil como as rodas de mãos dadas. ali as palavras falam-me e eu consigo escutá-las. deixo-me estar. é tarde. avanço um pouco mais na meditação do poeta. mergulho nos interstícios daqueles caracteres. deixo-me estar. a noite verdadeiramente começou.
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