Que importa que no mundo morram os ministros?
É patriótico negar a nacionalidade
aos naturais de um país vencido
que só buscou no mar razão de ser. Eu canto a
memória fugitiva como a água
que parece estender alguma mão de paz
sobre a ácida lâmina de um sabre
Gente amarela e morna amordaçada
domina esse país aonde a ironia
dissimula a impossível alegria
numa vida que vai por mim contaminada
vida do largo da areia e do vento
À minha personalidade própria de poeta
na carne cerebral de que careço
a eternidade vem-me das papoilas
desfolha-se-me a vida como as pétalas das rosas
e pensei e li mais do que vivi
E só tu sobressais entre as demais
mulher eterna com a luz na fronte
e dominante agora em todo o horizonte
ruy belo
terça-feira, 11 de dezembro de 2007
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