quarta-feira, 5 de abril de 2006
a casa velha agora nova
lembro-me daquele poial onde a brisa quente era como um hálito no meu pêssego de verão. lembro-me das tardes de calma em que estava proibido de sair à rua. deitava sempre sangue do nariz. obrigavam-me a dormir. não pregava olho. fazia-me confusão aquele silêncio apenas interrompido pela cigarras. se a vida estava lá fora, com os moços e as pedras, como poderia dormir? um dia cercaram-me e bateram-me. eu não era dali. aprendi nesse dia a lição sempre útil da maldade humana. depois chorei e não me lembro de ali voltar. aquele beco passou a ser interdito. para isso mais vale dormir.
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