segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

dos versos perdidos por aí

ler palavras e versos antigos faz-nos lembrar como fomos. depois parece que houve um regime que nos foi secando por dentro e nos emudeceu sem explicação. quando chove na nossa vida, as barreiras rompem-se e o rio torna-se violento. e as palavras não cabem nas margens. transbordam. perdem-se. nunca mais as voltamos a encontrar. o que ficou são uma meia dúzia de papéis que alguém guardou com carinho. e um dia, quando as lemos, lembramos sempre que não sabemos a razão da carestia que tivemos de ser capazes de suportar.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

aniversário

hoje faço anos. no último ano, mudou tanta coisa que nem sei se ainda sou o mesmo. é este regime transitório em que as vidas se transformaram nos dias que correm. somos cada vez mais chuva fugaz e episódica. menos rios densos e largos rumo à felicidade.

é com este ténue pessimismo que vos agradeço o facto de virem até aqui para ler as poucas palavras que tenho escrito.